opiniãO

O filme ‘A História de um Mineiro’
Mariamo Salimo, Ensino de Português

Sobre a Sessão de palestra por Professor Nataniel Ngomane
Achei óptima a sessão de Palestra com Professor Ngomane. O Professor deu umas bases para se ver um filme, como ele mesmo disse. Dantes a gente sentava e assistia um filme e agora já tenho ferramentas para sentar a VER um filme. Embora as ferramentas não tenham sido suficientes mas acho que foram tópicos para cada um ir procurar e a partir daí investigar mais [sobre os filmes]. Agora [15:30, 01 de Agosto de 2012] vamos ver filme: A História de um Mineiro. Espero ver o retrato dos Madjondjones voltados da África de Sul sempre com alguma doença, ou tuberculose ou HIV/SIDA, neste caso parece que é o HIV.


Aida Chiquepo, curso de Historia – 4O Ano

Posso dizer que o filme de hoje para mim interessa porque faz parte do meu trabalho [trabalho final do curso]. Não pude estar na palestra da abertura do ciclo hoje de manhã. É de louvar [a ideia do ciclo de Cinema Moçambicano], agora podemos com ele ver a evolução do próprio cinema, dos cineastas moçambicanos e o interesse do próprio público pelo cinema moçambicano. Infelizmente, [apesar de estar no fim do curso], não pude participar no ciclo do cinema moçambicano das edições anteriores, mas me lembro de ter visto um filme, estou-me esquecendo do nome desse filme, nele participa a brasileira que também me foge o nome, ahh sim, é o ‘Ultimo Voo do Flamingo’. Foi um filme muito interessante para mim porque já havia lido o livro. Sim, muito interessante ter visto o próprio filme, quero dizer, já num outro cenário, nem. Mas para nós [estudante do período pós-laboral], a maioria das vezes é por causa de tempo, nós estamos a fazer o curso pós-laboral trabalhando, então assim, é um pouco difícil vir cá para assistir [durante o dia]. Hoje [as vezes] estamos a chegar, [o filme] já começou, já está no meio e não dá para entrar. Por acaso, hoje cheguei cedo e vi o filme [panfleto], então, eu gostei e interessou-me porque vou fazer um trabalho também [trabalho do final do curso], sobre o Trabalho Migratório e o Impacto do HIV/SIDA e quando vi o filme [panfleto], tendo uma aula as 17 horas, percebi-me que dá tempo para ver o filme.


O filme foi muito interessante, foi basicamente aquilo que eu esperava, ou mais ou menos aquilo que venho vendo nas leituras que faço a cerca do meu trabalho que vou fazer: o Trabalho Migratório e o Impacto de HIV/SIDA. O filme não fugiu, quero dizer, aquilo foi uma coisa mais concreta para ver, porque o filme não é uma ficção, foi mesmo uma coisa real de alguém que está a viver numa situação em que tinha que fugir da esposa ou amante para que não soubessem que ele é seropositivo. O medo do mineiro casado na África do Sul, como é este caso, nem para informar a esposa, por causa das certas tradições e mitos, o medo de ser morto e essas coisas todas tem um impacto tal; a ausência do próprio mineiro na família, principalmente para o filho; porque para com a esposa não diria assim tanto mas sim para com o filho. A dado momento, até a própria traição da esposa é perpetuada pelo marido porque ela acaba se sentindo tão só, que acaba dizendo […risos], ‘eu não posso me relacionar com uma árvore’ nem! Praticamente foi algo muito interessante. As próprias declarações do mineiro mostram que ele tem medo de não informar, por mais que seja pouco [poucas palavras], que ele não se sente bem porque estava lá um cineasta. Mas na realidade, se fosse só por ele chegar lá na família, ele não teria falado [sobre o seu estado de seropositividade] teria se relacionado na boa com a esposa e dali teria desaparecido, está a ver. No fundo foi uma estória mesmo… interessante.

Com Atália Dauto Manga, Curso de História, 4o Ano

Eu acho que é interessante termos isto [ciclo do cinema moçambicano] porque nós aprendemos. Geralmente o que a memória vê dificilmente esquece. Isso porque nós vimos a coisa, é diferente de ler. [Na leitura] para não esquecer temos que fazer muito esforço, fazer resumos, temos que ler muito bem e percebermos de facto. Mas aquilo que nós vemos, a memória grava facilmente. O ciclo do cinema moçambicano tem de continuar sim, principalmente com temas relacionados com nossa sociedade. Para o caso de hoje, temos um tema [filme] muito interessante. Nós temos muitos compatriotas que estão doutro lado [África do Sul], principalmente nas minas. Então, isto, duma ou doutra forma contribui para o conhecimento científico. Por exemplo, nas pesquisas, para o caso dela [Aida Chiquepo] que vai falar do Trabalho Migratório e o Impacto do HIV/SIDA, ela terá muitos subsídios no seu trabalho através deste filme. Sou da opinião que [o ciclo de cinema moçambicano] tem de continuar mais e com temas muito mais ligados a nossa sociedade moçambicana ou com a nossa realidade moçambicana. Acho ainda que tinha que haver muito mais a publicidade em si, nem. Eu acho que muita gente quer ver filmes moçambicanos, mas a informação não chega assim como deveria ser [para todos]. E outra coisa, o ciclo é simplesmente anual e tinha que ser no mínimo semestral, embora que eu saiba que isso tem os seus custos também, mas se assim fosse já estaria bom.


Por: Manuel Ngovene

Estudante de Ensino de Inglês








Sem comentários:

Enviar um comentário